Open House: conheça 7 dos espaços abertos

A Open House é um dos eventos mais esperados da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2023 e acontece já nos dias 13 e 14 de Maio.

A Open House abre uma vez mais as portas de 73 edifícios públicos e privados de interesse arquitetónico e urbanístico em toda a cidade de Lisboa, permitindo que o público explore e descubra o património arquitetónico da cidade.

 

open house

Esta é uma oportunidade única para os moradores de Lisboa e visitantes conhecerem de perto os edifícios históricos e contemporâneos da cidade. A seleção dos edifícios é feita com base em critérios de excelência arquitectónica, importância histórica e relevância cultural, abrangendo edifícios de diferentes períodos e estilos.

A Open House da Trienal de Arquitectura 2023 é comissariada pelo atelier Embaixada, Matérias do Tempo que propõe olhar para as arquitecturas que nos rodeiam enquanto entidades vivas

Durante a Open House, os visitantes têm a oportunidade de visitar edifícios públicos e privados que normalmente não estão abertos ao público como palácios, museus, residências, edifícios governamentais, igrejas, espaços culturais e outros locais de interesse. Os visitantes podem explorar os espaços e descobrir os detalhes arquitectónicos que fazem desses edifícios e verdadeiras jóias da cidade.

Apresentamos-lhe 7 dos 73 espaços que vão estar disponíveis para visitar, de forma gratuita. As visitas são na sua maioria sem marcação e por ordem de chegada. As marcações já estão abertas.

1-Palácio do Grilo – Palácio dos Duques de Lafões

O Palácio do Grilo está implantado numa antiga quinta, esta vastíssima propriedade rural foi continuamente explorada e intervencionada durante séculos. O palácio actual, um complexo arquitectónico setecentista de estilo predominantemente Neoclássico, foi edificado depois do terramoto de 1755. A obra assenta sobre uma quinta de verão dos duques, uma estrutura palaciana com menor escala e relevância que por sua vez assentava sobre antigas construções de apoio à produção rural, num fio temporal que se perde nas memórias do tempo. Do projecto inicial podemos encontrar o corpo principal em L com a fachada Norte voltada para a quinta e a principal para os jardins. O edifício foi sofrendo acrescentos, mas nunca se completou o plano original, ideia abandonada no início do séc. XIX, assim permanecendo até hoje. Agora, no Palácio, funciona um restaurante e espaço performativo que misturam arquitectura, gastronomia e teatro.

Mais Informações (Open House Website)

2-Underdogs Gallery

A Underdogs Gallery é uma galeria inovadora, que trabalha com alguns dos mais conceituados artistas internacionais contemporâneos de inspiração urbana, é um exemplo na apropriação do quadrante industrial da zona de Marvila e Beato e tem sido um dos impulsionadores da qualificação humana destes bairros. Gerida pela Underdogs, uma plataforma cultural sediada em Lisboa, reúne dois espaços expositivos, um programa de arte pública, a produção de edições artísticas e o desenvolvimento de projectos artísticos comissionados. A galeria fomenta relações de proximidade entre criadores, o público e a cidade para promover a arte como experiência quotidiana. Com uma área de 388m2, é um ponto de encontro onde artistas e público podem interagir e aprender em conjunto.

Mais Informações (Open House Website)

3-Largo Residências – Quartel do Largo do Cabeço de Bola

Este enorme complexo de edifícios conta com inúmeras fases de construção e teve muitas vidas ao serviço da GNR. No final do séc. XIX funcionava como escritórios, sendo depois ampliado com garagem, ginásio, dormitórios, balneários e camaratas. Entre 1911 e 1950 serviu de oficinas gerais e na década seguinte albergou escritórios, balneários e cavalariça. Mais tarde cumpre uma importante função habitacional com a ampliação das instalações do quartel e a construção de moradias para sargentos, uma cantina, talho e armazém. Em 2015 encerrou definitivamente a actividade da GNR no espaço, sendo em 2020 feita a alteração do PDM para a integração do conjunto no Fundo Nacional de Recuperação do Edificado, e em 2022 é cedido temporariamente à cooperativa Largo Residências que abriu os portões à comunidade para a realização de actividades culturais de inclusão social e desenvolvimento local.

Mais Informações (Open House Website)

4- Sinagoga Shaaré Tikvá

A Sinagoga Shaaré Tikvá (Portas da Esperança) fica situada no interior do quarteirão formado pelas ruas Alexandre Herculano e do Salitre. O projecto original iniciou-se em 1897, tendo duas reabilitações posteriores da autoria de Carlos Ramos, em 1949, e DRM Lisboa e Ricardo Bak Gordon, em 2005. Para a rua apenas transparece um portão cinzento. Esta posição discreta justifica-se pela opressão histórica que a comunidade judaica sentiu desde o séc. XVI e que só terminou com a implantação da república. Até esse momento, apenas os templos católicos podiam ter presença directa nas ruas. De planta rectangular, característica, combina de forma ecléctica elementos de origens e épocas diversas. Uma das particularidades da sinagoga é a galeria superior, acrescentada na primeira reabilitação, de uso exclusivo para os elementos femininos da comunidade.

Mais Informações (Open House Website)

5-Hub Criativo do Beato

Durante mais de 100 anos, diversas fábricas foram sendo construídas na zona oriental pelo Exército Português para alimentar as suas tropas, ampliando este complexo industrial até 30 000m2. A última encerrou em 2011, mantendo-se toda a maquinaria no local, expectante. Hoje podemos ver o ciclo de vida do edificado na renovação das infra-estruturas que servem os edifícios e na requalificação dos espaços exteriores, num processo de transformação onde coexistem os antigos espaços, alguns ainda encerrados, construções a decorrer e espaços habitados. Os 18 edifícios fabril serão reconvertidos em serviços, restauração, indústrias criativas, sede de empresas, núcleo museológico e habitação, numa reabilitação do tecido humano e urbano através da revitalização do património industrial de Lisboa.

Mais Informações (Open House Website)

6-Biblioteca Municipal de Marvila

Este projecto constrói um edifício de raiz e reabilita o conjunto pré-existente da Quinta e Palácio das Fontes que pertenceu ao Duque de Palmela. A biblioteca implanta-se num bairro em profunda transformação do cadastro originalmente rural e industrial,
agora a ser substituído por loteamentos para habitação colectiva pública. Trata-se um pólo de leitura, arte, formação e aprendizagem, onde se pensa uma programação cultural como meio de construção de uma comunidade com quem habita nos bairros circundantes. Com mais de 2600m2, é a maior biblioteca municipal de Lisboa, organizada entre auditório, salas de leitura e infantis. O espaço central de pé direito múltiplo mostra a importância da geometria e materialidade na definição da forma e proporções para Hestnes Ferreira, como recorda a influência da arquitectura de Louis Kahn, com quem trabalhou nos EUA.

Mais Informações (Open House Website)

7-casa da moeda

Construída durante o regime do Estado Novo e ainda em actividade, está situada nas regulares avenidas de inspiração parisiense, ocupando um quarteirão inteiro sem prejuízo para a sua consistência arquitectónica. É composto por dois
corpos programaticamente diferenciados: administração e oficinas, com comunicação interna entre ambos. A sua
construção decidiu-se sob o mandato do ministro Duarte Pacheco, tendo começado a laborar em 1941. Trata-se de um belo exemplar da arquitectura de Jorge Segurado onde os ensaios sobre o léxico modernista se multiplicam até ao pormenor. Ficam na mente de quem o visita as fachadas ritmadas com sequências de pilares a ‘meia esquadria’, o revestimento num belíssimo azulejo verde, bem como os detalhes da entrada principal. Em 2012, foi classificado como Monumento de Interesse Público.

Mais Informações (Open House Website)

a organização

A Trienal de Arquitectura de Lisboa organiza o Open House de Lisboa desde a primeira edição e em parceria com a EGEAC desde 2015.

A Trienal é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2007, dedicada a promover a investigação, encorajar o debate e inspirar a transformação através da arquitectura. A cada três anos, realizamos um grande fórum de discussão, reflexão e divulgação que cruza fronteiras disciplinares e geográficas. Organizamos também os ciclos de conferências de arquitectura e eventos no pólo cultural onde estamos sediados — o Palácio Sinel de Cordes.

Informações retiradas do website Open House Website

Pesquisa

Veja também Explore algumas das melhores Marcas Portuguesas e locais de Parceiros e Amigos.