Olaio é uma sinfonia entre tradição e inovação, que aquece os corações portugueses
Muito mais do que uma empresa de mobiliário, a marca Olaio é parte intrínseca do património afectivo e material de várias gerações de portugueses.
Ao longo dos anos, as cadeiras e poltronas fabricadas pela Olaio tornaram-se testemunhas silenciosas da história de Portugal, oferecendo conforto e elegância a inúmeras casas e espaços públicos. A história fascinante da Olaio começa com dois modestos caixotes. No ano de 1860, um jovem marceneiro chamado José Olaio adquire esses dois caixotes de madeira da Casa Havanesa e, com maestria reveste-os com folha de raiz de mogno, transformando-os em duas elegantes mesas de cabeceira. Este episódio é apenas um vislumbre da incrível motivação que levaria, anos mais tarde, à abertura de uma loja de móveis na pitoresca Rua da Atalaia, em Lisboa.
Foi em 1918, em parceria com o seu filho, Tomáz José Olaio, José Olaio fundou a “José Olaio & Cª (Filho)”. Instalaram uma oficina de marcenaria no coração do Bairro Alto, o que marcou o início da modernização da empresa. A localização estratégica no centro da capital desempenhou um papel crucial na sua consolidação, já que servia uma clientela diversificada que incluía até mesmo o Estado português.
A década de 1930, já sem o seu fundador, viu a Olaio expandir-se para uma oficina na Penitenciária de Lisboa e posteriormente inaugurar uma unidade fabril em Loures. Nesse período, a Olaio não se limitou ao mobiliário doméstico, e começou a produzir mobiliário para diversos espaços públicos, como escolas, universidades, ministérios, pousadas, hospitais e repartições públicas. O alcance desta marca portuguesa chegou até ao Parlamento e à Sala do Governo da Assembleia Nacional, com mobiliário projectado pelo renomado arquitecto Raul Lino (1879-1974). Outros artistas e designers, como Leal da Câmara (1876-1948) e Thomaz de Mello (1906-1990), contribuíram igualmente com designs notáveis, incluindo até mobiliário infantil.
Na década de 1950, e até os anos 1970, a Olaio trouxe a bordo o designer José Espinho (1916-1973), responsável por introduzir gradualmente novos modelos de mobiliário, adoptando uma abordagem funcionalista inspirada no modernismo escandinavo. Nesse período, o mobiliário da Olaio destacou-se pelas suas formas depuradas e pela funcionalidade, sem adornos desnecessários. A empresa acompanhou o crescimento do turismo nas décadas de 1960 e 1970, tornando-se fornecedora de renomados hotéis como o Ritz, Tivoli e Estoril-Sol, além de teatros como o Monumental, o Éden e Capitólio, bem como os icónicos cafés Império e Mexicana, em Lisboa entre outros.
O impulso do turismo não apenas aumentou a clientela da Olaio, como também permitiu que a empresa expandisse os seus serviços para a área da decoração, oferecendo um serviço completo de decoração de interiores. Nessa época de grande crescimento, a Olaio se destacou-se como uma força vital na indústria do mobiliário e decoração em Portugal.
Até às décadas finais do século XX, a Olaio iluminou os corações de inúmeros compatriotas. Os seus móveis, cadeiras, estantes, sofás e aparadores não decoravam apenas casas particulares, mas preenchiam também os espaços públicos mais emblemáticos, desde os correios e hospitais até escolas, ministérios, repartições públicas, hotéis, teatros, cafés e até mesmo o Parlamento.
Os filmes portugueses, bastante emblemáticos à época, também foram enriquecidos com a presença dos móveis da Olaio, dando um toque de autenticidade às cenas que retratavam a vida quotidiana do país, facto que acontece no cinema de hoje que recorda vivências e histórias da época.
Após um breve interregno, em 2016, a Olaio anunciou o seu glorioso renascimento. Foi o ponto de partida para uma nova era desta marca de produção de mobiliário portuguê,s de excelência. Sob a liderança de João Olaio e Renata Vieira, a marca reinicia a criação de algumas peças com esmero e dedicação, e acrescenta modelos e variantes que acompanham as tendência, em que móvel é resultado de um processo minucioso, moldado pelas mãos habilidosas de artesãos dedicados ao ofício da madeira, a essência da Olaio. Isso perpetua uma tradição que transcende gerações, mantendo viva a chama do seu legado.
A partir de 2016, começa então a produzir móveis com um olhar voltado para o futuro. Todas as peças e tesouros da marca são criados com responsabilidade e ética, visando um mundo mais sustentável, actuando apenas e só por encomenda. O respeito pelo legado, a consciência ambiental e o compromisso com a qualidade, tornaram-se os pilares fundamentais da nova fase da Olaio.
Hoje, quando alguém adquire uma peça da Olaio, está a levar para casa, escritório ou espaço de negócio mais do que simples móveis; está a levar consigo parte da história de Portugal. Cada peça é uma cápsula do tempo que une passado, presente e futuro. É um testemunho da paixão de José Olaio pelo artesanato e do compromisso contínuo da família Olaio, em manter viva essa tradição de excelência.
Este é um exemplo de como uma marca pode evoluir ao longo dos anos, mantendo intactos a sua essência e valores. É um bom exemplo de como o passado pode ser uma fonte inesgotável de inspiração para o futuro, mantendo a sintonia entre tradição e inovação que aquece os corações dos portugueses, e encanta o mundo com a sua história única de móveis excepcionais.
A Olaio é uma marca portuguesa referenciada nos Mapas Portugal Faz Bem de Marcas com todos os seus Contactos e Ficha Técnica. Conheça também quais os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável que a Olaio elegeu como prioritários.